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É um projeto longo, acho que vai levar um tempo, mas as semente foram lançadas. E ora, os frutos, os frutos serão os mais variados possíveis, como agregar novos leitores e aumentar a minha visibilidade,além de proporcionar um pouco de diversão e cultura gratuitamente a todos vocês.Espero que gostem!

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segunda-feira, 24 de julho de 2017

As Personas da Existência


AS FACETAS DA EXISTÊNCIA



RESUMO: O que é ser humano? O que vem a ser a humanidade? O ser humano é integral ou fragmentado? Com estas três perguntas básicas se tem muito dos questionamentos que desenvolvem-se com este presente texto. De estrutura dissertativa, este post traz muito do que se vê hoje em dia: as separações, as divisões e as segregações que existem no mundo físico. Trata-se de uma argumentação crítica sobre a falta de unidade que existe na humanidade; e que o texto ainda trata das facetas, ou personas apresentadas pela(s) personalidade(s) ou no indivíduo; sendo que persona podem ser entendidas como máscaras sociais, sendo ainda que estas posturas (ou costumes) “sociais” objetivam por valorizar certos padrões de comportamentos em um dado ambiente enquanto que desvalorizam àqueles outros que fogem a tais modelos / ideal. Com este presente texto espera-se contribuir para a união e para a compreensão mútua entre as empresas, as famílias e as nações.



É fácil imaginar os homens inteiriços, reduzi-los a fórmulas simples que se condenam com uma palavra, negligenciando o resto, que as demente; o mais difícil seria sair de si para entrar nos outros e julgá-los segundo o ponto de vista deles, sem preconceitos, acompanhar em seus desvios e suas incoerências uma natureza incerta feita mais pelo acaso do que pela vontade, desenredar, quando falha a lógica, os sofismas semiconscientes sob os quais a paixão dissimula o egoísmo de seus conselhos (LAGNEAU, S/d apud GRATELOUP, 2015, p. 146).


PREÂMBULO

Quando se pensa na humanidade inteira, como uma só nação hipotética e uma só família, sendo que isto é igualmente alegórico, a impressão que se tem é que, de fato, não se pode haver uma família tão grande assim, de bilhões de pessoas, ainda porque não é possível ter bons rebentos assim, isto é, não se pode ter boas gerações futuras se não houver a miscigenação do sangue dos progenitores; e isto ainda quer dizer que quanto mais se gerar a vida entre famílias diferentes, mas a vida se conservará mais intensa; e de todo modo, não se pode haver uma só família de uns seis bilhões e algumas centenas de milhões de indivíduos humanos, enfim... Mas há.
Mas de fato é isto que somos, e apenas contando com todas as pessoas no presente momento, é de concretamente podemos dizer e fazer considerações da humanidade toda.
Mas o fato é que há muita falta de amor no mundo, há muitas pessoas que preferem dizer abertamente (seja na internet, na maioria das vezes, ou mesmo fora do ambiente online) que não gostam de outra pessoa ou de outros tipos de pessoas, geralmente diferentes. E assim se vive com a impressão de viver em um mundo cada vez de clubes e círculos de amizades mais fechados, sempre com a impressão de que não é possível confiar em quase mais ninguém diferente do que a gente é, e olha lá ainda...
O fato é que a humanidade é diferenciada e fragmentada, culturalmente diferenciada, ao mesmo tempo em que apresenta muitas características físicas semelhantes e etc. E como as pessoas, as culturas e os comportamentos são diferentes, evidentemente vão ser diferentes as famílias, as empresas, as sociedades e as nações.
Mas será que toda a diferença e toda a separação são in-solucionáveis e não é possível um ponto de equilíbrio entre a diferentes culturas e os diferentes povos?
Acredita-se que por esta conveniência é que se criou a possibilidade de se ter as personas, ou os costumes relativos a cada lugar e momento. Mas como será que se reage quando se tem em um mesmo espaço um lar e uma empresa, ou como se lida com a carga de estresse que enfrentam os médicos e advogados?  
Para responder estas e outras perguntas, tem-se este presente texto, que agora apresenta o conceito de humanidade integral, unida em questões semelhantes, porém que ao mesmo tempo esfacela-se e sofre, por viver sempre fragmentada e não-plena de suas possibilidades.


INTRODUÇÃO

Existe algo de fragmentado na humanidade. Não se trata unicamente de uma fragmentação simbólica, tal como uma separação do homem do Céu para que sua morada fosse feita na Terra; nem da fragmentação teórica, igual a dizer que as diferenças culturais e ideológicas separam a humanidade; o homem é mesmo fragmentado onde algo dele está [ou é] ausente ou deve ser encontrado, ou ainda esta fragmentação toda serve de solo mesmo para a evolução e para a vivência humana. Todavia, há fases civilizatórias (épocas da humanidade) em que há sinais claros da fragmentação em toda a humanidade e não apenas apresentando-se como uma das facetas da existência humana.
Por fragmentação entende daquilo que não está completo, ou que foi separado, fragmentado de alguma forma; por exemplo, a farinha de mandioca é a raiz-mandioca fragmentada, ou melhor, ralada ou preparada. A própria terra, quando fragmenta-se libera partículas de areia que causam ciscos e poeira. O ser humano não é todo fragmentado fisicamente em si, apesar que sim, existem pessoas que vivem com certas debilidade, ou que apresentam necessidades especiais, que de certo modo as tornam fragmentadas. Mas, de uma forma ou de outra, todo ser humano tem alguma fragmentação, seja física, mental, social, financeira, afetiva, cultural e etc.
Talvez, como defendem algumas concepções, como os religiosos das Testemunhas de Jeová, a resposta a esta fragmentação toda seja a reconciliação, isto é, quando vier o retorno (ou surgir) da serenidade à Terra, ou o Reino dos Céus na Terra; e todas as raças – ou cores de pele, porque toda a raça é humana, enfim – quando as raças humanas começarem a viver em compreensão, em paz e em harmonia com a natureza, e, inclusive, conviverão com as feras da antiga Terra em que vivemos hoje. Quem não se lembra da clássica foto das revistas das Testemunhas de Jeová em que se tinham figuras de asiáticos, americanos, africanos, indianos e etc. todos juntos, numa bela paisagem, e com as crianças brincando perto de leões e outros animais? Isto é uma forma de romper a fragmentação humana, com o ponto de vista contido nesta imagem; onde com a concepção da reconciliação, ou reunificação da essência humano, divina e carnal, então se gozaria do pleno equilíbrio na vida da Terra.
São concepções, e quem sabe? É uma teoria. Mas de todo modo, esta alegoria divina das Testemunhas de Jeová vem justamente a atestar que existe uma fragmentação humana, a ponto de algumas religiões até mesmo dizerem que a vinda do Cristo estaria ligada à esta reunificação em busca do equilíbrio na vida da Terra.
Este post não se dedica a esta visão das Testemunhas de Jeová (apesar de considerar e respeitar este ponto de vista), de fato eu tenho várias revistas desta religião, como a Revista Sentinela e a Despertai! E poderia me delongar sobre isto; mas o fato é que apenas quero ilustrar como a fragmentação humana é contrabalanceada com conceitos propostos por religiões, como a religião das Testemunhas de Jeová; e que este material de imagens alegóricas sobre o paraíso e a reconciliação humana se encontra, ainda, nas revistas citadas desta religião e, inclusive, em revistas da Watch Tower.
Entre as quais tem especificamente uma Revista da Watch Tower Bible (2001) que tem uma das clássicas figuras do Paraíso na concepção das Testemunhas de Jeová: com uma imagem de uma comuna rural muito bem organizada, divinamente organizada; com área de mata e de lavoura, e com bichos e seres humanos convivendo pacificamente; contando uma cena com girafas, rinocerontes, leões e aves encontrando-se em plena harmonia com os seres humanos / espirituais, enfim, onde se observa que há uma clima de paz e satisfação.
Senhores de diversas inclinações e religiões, senhoras ateias ou crentes, enquanto o Paraíso do Céu não nos alcança, vamos e venhamos, conhecendo e divulgando as fragmentações humanas, que podem ser mais bem amenizadas, conquanto mais forem entendidas e fazerem-se em todos os seus esforços para serem muito bem realinhadas (que também pode indicar condições humanas tornadas mais vastas ou suficientemente saciadas).


1. A Postura no Ambiente Empresarial


Toda empresa tem uma missão em relação à sociedade e a missão das empresas corresponde os seus objetivos permanentes, que consistem em otimizar a satisfação das necessidades humanas (CATELLI, 1994 apud PADOVEZE, 2017, p. 43).


As fragmentações da humanidade, no nível socioambiental e de interação com seus pares, com seus semelhantes, se faz por criar os conceitos de personas ou de facetas da personalidade.
Tem uma frase célebre de Xavier Forneret (S/d) apud BrucatoWieck (1997, p. 17) que diz exatamente assim “durante o carnaval, os homens colocam máscaras sobre [as] suas máscaras”.
Por falar em Phil Brucato, em alguns lugares aqui deste blog, Livros do Edson, em lugares como as páginas da Urna Cúbica de Platina, ao contrário da grafia correta de BRUCATO, está constando como BUCRATO, e eu quero dizer que não se tratam de dois autores, é o autor de Mago: A Ascensão ao qual se refere, em ambas as grafias mas evidentemente uma das grafias se apresenta de jeito errado. OK? E Brucato é o jeito certo.
Mas voltando ao tema desta postagem, Forneret (S/d) apud BrucatoWieck (1997) dizem que na festividade carnavalesca, os homens usam alegorias sobre as suas máscaras já habituais. Ou seja, todos nós assumimos um comportamento, uma postura ou um jeito, de acordo com aquilo que uma situação pede, e no carnaval esta impressão fica mais forte ainda. Mas não apenas ao longo do carnaval os homens usam máscaras ou assumem comportamentos convenientemente aceitos, nas empresas isto também acontece.
As empresas existem para satisfazer as necessidades humanas, e transformar os recursos naturais em produtos, ou as empresas se prestam a realizar serviços ou ainda tem as empresas que são dedicadas a comercializar produtos ou serviços.
Academicamente, tem-se a concepção de Padoveze (2017) que diz que “a empresa tem uma missão, que é satisfazer as necessidades da sociedade. Ela explica sua missão por meio dos produtos ou serviços oferecidos aos clientes” (PADOVEZE, 2017, p. 25).
Neste sentido, ao se vestir a camisa de uma empresa que tenha uma linha de produtos sérios e competitivos, espera-se que o funcionário seja eficiente e padronizado com este seu trabalho; enquanto que quem trabalha em empresas mais dinâmicas e com uma visão mais contemporânea dos negócios, neste outro ambiente, uma pessoa com uma postura diferenciada e que tenha ainda ideias inusitadas (mas que funcionem bem) poderá se sair bem melhor do que um funcionário que não saiba inovar ou agir por vontade própria, por exemplo.
Todas as empresas precisam de administração, de gestão, de suporte gerencial de qualidade, e etc. mas tem empresas que são mais inovadoras do que outras. Veja-se que há empresas que focam sua missão em resultados fixos e que não gostam de inovações ou imprevistos, enquanto tem empresas que, por exemplo, vendem uma imagem de sustentabilidade e eficiência em gestão, e neste caso, uma postura mais proativa e comprometida com altas práticas de gerência são muito mais bem enquadrados neste exemplo de empresa sustentável do que pessoas mais padronizadas ou “uniformizadas”.
A fragmentação humana não permite uma única postura profissional em todos os ambientes de trabalho. E eu vivi isto na pele, foi em 2010 e 2011. Eu era supervisor do Censo 2010, do Brasil. Aqui na minha cidade, mesmo, eu exercia este emprego e o outro que direi logo mais. Como supervisor eu era didático, eu organizei a pré-coleta de meus setores de modo a deixar exemplar a rota dos setores; eu ainda repassava treinamento e acompanhava parte do trabalho dos recenseadores em campo, para garantir a qualidade final da pesquisa realizada e eu ainda ouvia as ordens de meu superiores hierárquicos e etc. Eu trabalhava em casa, atendia telefonema dos recenseadores e passava orientações mesmo depois do expediente, ou seja, um supervisor com S maiúsculo, suponho que era eu.
Em 2011 eu continue como funcionário público, mais sai da esfera federal, e de supervisão, e fui ser funcionário público municipal, agente de combate a endemias, isto é, agente da dengue (Controle da Aedes, como gosto de dizer até hoje...). Ou seja, eu sai de um cargo de supervisão, para um cargo operacional. Mas eu mantive minha postura de elevado posto de trabalho, como servidor público. Porém, isto foi entendido como soberba e de certo modo, acabei posto ao ostracismo involuntário por meus colegas de trabalho (por alguns poucos de meus colegas de trabalho), e se ajunte a isto a alta necessidade de álcool que eu tinha naquela época, conclusão, fiquei apenas menos de dois meses neste emprego de agente da dengue. Pedi pra sair.
Mas eu não era soberbo, o fato é que de fato, espera-se ou esperava-se uma outra postura de uma agente, que não seja exatamente a de um supervisor. Infelizmente, são limitações da fragmentação humana.
Mas enfim, eu parei de beber cerca de seis meses depois disto, quando comecei meu curso Superior de Bacharel em Ciências Contábeis, na Estácio / UNISeb / COC, porque em agosto de 2011 quando comecei meu curso superior parei de beber, por conta própria, só contando com a ajuda de minhas rezas e da convicção de que eu tinha, que entendo hoje que basicamente consistia em realinhar minha existência, de alguma forma, naquele sentido.
Mas é isto: estas carências, estas ânsias, estas faltas, estas fragmentações humanas estão em todos os lugares socioculturais e apenas algumas valiosas facetas ou personas profissionais podem garantir com satisfação um bom ambiente de trabalho ou sociocultural; lembrando ainda que em cada nível (operacional, técnico, supervisão, estratégico) e em cada tipo de empresa (pública, privada, ou pequena, média e grande e etc.), e ainda de acordo com a missão e com aquilo que a empresa faz como sua atividade é que se dá por estes fatores as personas ou posturas comportamentais que as pessoas devem assumir ao entrarem nestas próprias entidades empresariais ou públicas.


2. A Postura no Ambiente Familiar


Pergunta-se por que todos os homens juntos não compõem uma única nação e não quiseram falar uma única língua, viver sob as mesmas leis, combinar entre eles os mesmos costumes e um mesmo culto; e eu, pensando na contrariedade dos espíritos, dos gosto e dos sentimentos, surpreendo-me ao ver até sete ou oito pessoas reunir-se sob um mesmo teto, em um mesmo recinto e compor uma única família (LA BRUYÈRE, S/d apud GRATELOUP, 2015, p. 146).


Esta frase de La Bruyère que abre este capítulo é incrível. Realmente, pensar que em famílias grandes, oito, dez ou quatorze pessoas vivem sob a mesma laje é intrigante, ainda mais para mim que sou introspectivo, em alguns momentos, que sou filho único e que não sou muito de me socializar pura e simplesmente pela socialização, o que é uma pena, porque gente é coisa boa, gente é coisa bonita, gente é interessante e gente é a gente mesmo.
Eu cometi um erro grave sobre o comportamento familiar, e devo o confessar agora. É o seguinte, não deve ser de desconhecimento de nenhum de meus leitores mais assíduos, que eu proponho uma cultura pessoal [própria, rsrs, olha o pleonasmo – pra dar leveza ao texto, sorriso!], enfim, severa, mesmo, ou seja, é um jeito austero, mas isto é pela área mais séria e acadêmica deste blog – que é a controladoria, que estudo e que gostaria muito de atuar nesta área. Enfim, pra ser controller tem que saber de um monte de assuntos sérios, que envolvem leis, procedimentos, métodos, nível de instrução dos funcionários da empresa e uma outra série de outras coisas.
Só que na empolgação de estudar e exercer algumas funções de semi-controller, digamos assim, em algumas entidades aqui de Matão, eu acabei por transfigurar este comportamento de controller, ou “semi-controller” no meu dia-a-dia em casa; e não falo isto de controlar a água ou a luz, que este tipo de controle sim é interessante de se ter. Mas falo do controle comportamental, de exigir altos padrões, altas posturas, sabe? E de talvez implicar mesmo com mamãe quando ela quer fazer um simples puxadinho no fundo do quintal, porém apenas ao ouvir isto já é a quantia suficiente de eu ficar bravo e questionar, dizendo que isto não pode, que tem que contratar um arquiteto, em engenheiro, que tem que dar entrada na prefeitura antes, para fazer a modificação na planta da área construída e etc. Enfim, desnecessário isto, não é mesmo?
Pode até “estar certo’, mas e daí? O mundo irá se acabar se der ouvido, ao menos, ao que a outra pessoa diz e tentar se fazer esta bendita reforma ao improviso, talvez mesmo que meio sem recorrer a todos os trâmites legais antes? Claro que pode e deve haver bom censo e evitar indispor-se por algo tão simples; conquanto que seja dada a devida atenção a estes pequenos assuntos e que sejam resolvidos rápidos e da melhor forma possível, para que desgastes e brigas no ambientes familiares não comecem a acontecer em outras situações semelhantes a esta exposta, ou com frequência, recorrentemente.
O fato é que mesmo no meu caso, o que eu havia me esquecido é que deve ser observado que existe uma postura que deve ser adotada no ambiente de trabalho e outra no ambiente de casa. Por exemplo, mesmo se eu fosse controller de uma empresa, eu já seria controller ao longo dos dias e então não deveria haver a necessidade de eu ser controller também em casa. E outra coisa, mesmo quem tenha um comportamento controller em casa, pode exercer isto de uma forma doce e amorosa, sem contar com todos os estresses que acometem os ambientes de grandes empresas altamente competitivas.
Até mesmo um advogado que trabalhe em sua própria residência, ele não precisa ser advogado o tempo todo; pois ora, como é que ele vai ouvir músicas, assistir DVDs ou BlueRays, ver jogos de futebol ou se descontrair se ele apenas enxergar com os olhos de advogado o tempo todo? Impossível, não é mesmo? Porque afinal, situações assim apenas vem por trazer mais estresse, confusão e irritabilidade, isto é: ser crítico e eficiente o tempo todo, inclusive em casa, pode causar estricção, além de ser uma ótima forma de não aproveitar bem o seu tempo livre ou no seu recinto familiar.
De qualquer modo tem um ditado popular que é ótimo neste sentido, que diz assim, “em casa de ferreiro, o espeto é de pau”.
No mais, sempre devemos ser os mais amorosos, compreensivos, envolventes e amigos possíveis em ambientes familiares, claro que infelizmente a Paz Perpétua, por enquanto, é apenas um título de um livro de Kant, mas, devemos ser os mais compassivos, zelosos, cuidadosos, amáveis e sinceros nas maiorias das situações, sejam as críticas ou não, que envolvam o nosso convívio familiar. De qualquer modo, eu penso que buscar um equilíbrio familiar e uma melhora nas nossas relações já é uma boa medida de caminho a ser trilhado, neste sentido, rumo ao realinhamento do homem consigo mesmo.


3. As Facetas Destas Vivências


Os pais temem que o amor natural dos filhos se apague. Que natureza é essa, sujeita a se apagar? O costume é uma segunda natureza que destrói a primeira. Mas o que é a natureza? Por que o costume não é natural? Tenho muito medo de que essa natureza seja ela própria um primeiro costume, como o costume é uma segunda natureza (PASCOAL, S/d apud GRATELOUP, 2015, p. 141-142).

As facetas existem para nos prevenir e nos proteger de estresse e de cargas alopáticas em nossa psique, por isto assumimos personas. Pense na figura de um médico plantonista, que lida com muito sangue, pessoas mutiladas, situações críticas e etc. o que seria dele se não assumisse uma persona em seu trabalho e outras facetas de si mesmo enquanto estiver em outros ambientes? E isto vale para muitas profissões.
Pascoal faz valiosas observações no sentido de que ele difere os costumes (ou o que eu chamo de culturas) da natureza humana; de fato, os costumes podem ser entendidos como as personas, os costumes em cada ambientes, ou de cada empresa, de cada casa, de cada relacionamento, de cada tipo de amizade, ou ainda os costumes de cada Clube, de cada Open-Air-Party, ou de cada grupo de jogo de RPG e etc.
Além disto há os comportamentos em situações normais ou confortáveis, ou comportamentos sob estresse e os comportamentos em situações de risco, há também os comportamentos em ambientes descontraídos e em ambientes formais e etc.
Nada disto é bipolaridade ou transtornos de personalidade, muito pelo contrário, são, de fato, máscaras, roupas, costumes, trejeitos, vocabulários, gestos e uma série de outras coisas que adotamos em nossos diversos ambientes que frequentamos no nosso dia-a-dia, ou mesmo em um mesmo ambiente em que temos que assumir múltiplas facetas, em que praticamos estas mudanças de comportamentos e etc. justamente para melhor nos enquadrarmos em uma dada situação ou em um dado momento; e que continuamos a aprender como melhor nos portar em cada tipo de situação.
O que aprendi é que devemos ser os mais eficientes no trabalho, os mais aplicados nos estudos, os mais amáveis com os amigos, os mais queridos entre os familiares, o mais apaixonado dos casais, enfim, isto é o que desejamos, ou o que a maioria das pessoas deseja, mas falta saber se a intenção do outro é esta mesma e igual, e se aquilo que estamos pretendendo de fato, também, se observa na prática, no nosso dia-a-dia.


CONCLUSÃO

“Well, Watson, we seen to have fallen upon evil days”, said he in a feeble voice, but something of his old carelessness of manner. “My dear fellow!” I cried, approaching him. “Stand back! Stand right back!” said he with the sharp imperiousness which I had associated only with moments of crisis. “If you approach me, Watson, I shall order you out of the house”. “But Why?” “Because it is my desire. Is that not enough?” Yes, Mrs. Hudson was right. He was more masterful than ever. It was pitiful, however, to see this exhaustion. “I only wished to help”, I explained. “Exactly! You will help best by doing what you are told”. “Certainly, Holmes”. He relaxed the austerity of his manner (DOYLE, 2016, p. 119-120).


Tudo pode ser conflitante ou não; e por mais maravilhoso que isto pareça, são as personas assumidas, as nossas intenções, as intenções de outras pessoas e o consenso meio ambiental que formam a dada possibilidade de sucesso ou fracasso em uma dada circunstância terrena. Ou seja, da nossa parte, boa intenção e um bom costume já é suficiente por estarmos fazendo o nosso melhor, agora se os outros não tem as mesmas intenções, aí, só mesmo com a percepção ou a dedução sensitiva (entre alguns outros artifícios / métodos) para se saber se estamos lidando com alguém ou algum situação sincera ou de casuísmo, ou não.
De certa forma, em cada caminho percorrido há uma paisagem característica. É claro que médicos plantonistas devem ter um preparo psicológico e físico muito bem desenvolvido, para suportarem toda a carga de estresse ao qual serão expostos, e isto vale para muitas outras profissões e situações. Novamente, a habilidade, os costumes, o preparo, a atenção e etc. são fundamentais para o sucesso, mais ainda há uma série de fatores, entre os quais, fatores aleatórios ou incontroláveis, ao qual nenhum profissional detém de autonomia nenhuma.
Tudo ainda vai depender da prioridade de cada um, de cada família, empresa e etc. ou seja, tem famílias que fazem prevalecer o próprio conceito de família e de união, da mesma forma tem famílias que preferem viverem retiradas de si, com cada um em seu canto; enquanto que pode ter empresas ou conjuntos de empresas que gostem de favorecer a livre competição e concorrência em si mesmas, onde cada departamentos ou unidades da empresa pode não saber o que se desenvolve em outras unidades ou departamentos, por exemplo. E também, podem ter empresas que preferem mais parcerias, cooperação e etc.
Talvez mesmo, o importante deve ser saber dançar conforme a música ou conforme a música e nosso próprio estilo. De qualquer modo, mesmo que você não goste da música tocada, às vezes, é melhor não expor imediata e impetuosamente a sua opinião sobre isto; afinal, nunca se sabe se estão mesmo tocando a música para nos agradar e nos trazer perto deles, ou se de fato estão tocando a tal música apenas para nos deixar distantes deles e nos fazer passar por situações de estresse.
E mais um vez, o que importa é a nossa postura, o nosso costume e o que envolve toda a nossa energia e intenção, que estão envolvidas na situação; porque isto é o que nos afirma e nos comprova.
E de qualquer forma, na grande discoteca da vida, há de chegar um tempo em que vão tocar a nossa música, quando estivermos com a nossa fantasia-persona preferida, e com sorte, ao lado de quem amamos, no lugar em que mais gostamos de ficar.



REFERÊNCIAS

BRUCATO, Phil; WIECK, Stewart. MagoA Ascensão.  Tradução de Marcel Wakami; Revisão de Douglas Quinta Reis, Cynthia M. FlnkLuis Eduardo Ricon. São Paulo: Devir, 1997


DOYLE, Arthur Conan. His Last BowSome Reminiscences of Sherlock Holmes. Grã-Bretanha (UK): Collins Classics, 2016.


GRATELOUP, Léon-Louis. Dicionário Filosófico de Citações. Tradução Marina Appenzeller. São Paulo: Folha de S. Paulo, 2015.


PADOVEZE, Clóvis Luís. Controladoria estratégica aplicada: conceitos, estrutura e sistema de informação gerencial. 2.ª Reimpr. São Paulo (SP): CENGAGE Learning, 2017.


WATCH TOWER BIBLE; TRACT SOCIETY OF PENNSYLVANIA. Satisfying Life – How to Attain It (Vida Satisfatória - Como Ter uma). Tradução de Novo Mundo das Escrituras Sagradas (versão de 1992). Cesário Lange (SP): Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, 2001.



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